segunda-feira, 29 de agosto de 2011

INBOX






Hoje me lembrei da minha querida diva Carrie Bradshaw, que inclusive me inspirou a escrever esse blog....grandes personagens que nos fazem refletir e mudar coisas em nossas vidas que estavam estacionadas. São poucas as atrizes e histórias que tem esse poder. Acho que é por isso que eu gosto tanto de teatro e procuro sempre tirar proveito de uma peça ou de filme para a minha própria vida. Acho que não devemos ser somente os espectadores...a gente pode encenar isso na nossa história, no nosso destino.


Mas como eu estava falando...lembrei hoje de Carrie, porque lá atrás lembrei de um episódio em que ela recebia um fora por Post it. Parando para analisar...chega a ser irônico de tão absurdo. Quem seria covarde o suficiente para terminar um namoro por post it? Louco não? Mas acontece minha cara.. e pior. A tecnologia e a modernidade podem ser ótimas, excelentes em muita coisa na nossa vida, mas elas se perdem nas relações mais afetivas. Eu acho isso.


Quanto mais o tempo passa, mais o SMS e o FACEBOOK ficam em evidência. É muito difícil você encontrar pessoas que valorizem o contato ao vivo ou até mesmo o telefone! sim! Até o nosso velho telefone está ficando em extinção. SMS e INBOX estão dominando o mundo. E quanto mais eles dominam..mais os homens ficam preguiçosos...covardes......calma lá! nem todos. :) Temos as nossas raríssimas exceções (eu não sei onde estão, mas ainda vou descobrir).


A questão é: inevitável ficar triste com uma situação dessas...mas decepção não faz mal, ela só te ensina mais a viver.. e a vida é isso..uma grande ironia, um milagre que me faz querer mais e mais...e nunca desistir. Por isso...chore! tome rivotril e fique igual uma mendiga em casa, chorando em seu edredom! Mas tire proveito disso como você tira de um filme ou de uma peça... Ria! ria da sua desgraça, incorpore a sua melhor vilã de novela, ponha o seu sapato predileto e se sinta a mulher mais linda do mundo. A fila não anda, ela corre para nós, mulheres!





Um beijo.

domingo, 28 de agosto de 2011

ADEUS



Nunca soube dizer ADEUS. Palavra triste e difícil essa... Lembro de quando eu era pequena... da minha mãe me contando pela primeira vez sobre a morte. Não conseguia aceitar o fato de que tudo um dia ia acabar e eu teria que dizer ADEUS.


Era tão complicado lhe dar com o final dos fatos... Porque me dói tanto só de ouvir essa palavra? Porque será que é tão difícil se desapegar do passado? Porque será que a maioria das pessoas valorizam mais o passado do que o presente, a vida! Sempre aquela mesma frase: "Aquela época era tão boa...eu era feliz e não sabia...!"


Você pode tentar se enganar o tempo todo, mas a verdade é que ninguém é capaz de dizer ADEUS feliz...mesmo que seja a melhor coisa a se fazer naquela situação, ou algo que você pensou muito antes. A questão é que se você não sofre por você, você vai sofrer pelo outro e assim que é a vida. Um ciclo se fecha e outro se abre e assim vai caminhando.


Não foi fácil dizer ADEUS para a sua infância... era tão bom e simples ver a felicidade em um brinquedo e uma caixa de bombons.. dar ADEUS para a adolescência...idade das descobertas sem exigências e com um sabor suave e inocente. Dar ADEUS para aquele amigo de tantas histórias ou para o grande amor que não volta mais.


Amores...amantes....Porque eles são os maiores de nossos sofrimentos para dizer ADEUS? Poderia muito bem ser uma coisa simples, mas infelizmente não é. Temos que aprender a lhe dar com a dor e todos os sentimentos absurdos que juntamos com aquela história.


Uma grande amiga minha me disse uma frase que eu já conhecia, mas que foi muita confortável ouvir no dia de hoje.


"O segredo não é correr atrás das borboletas...É cuidar do seu jardim para que elas venham até você..." (Mário Quintana)









segunda-feira, 11 de julho de 2011

Jogar o jogo?





Era uma vez uma publicitária que veio do interior de São Paulo para tentar seguir a sua carreira no Rio de Janeiro. Júlia era bonita e inteligente e mal chegou , já foi cobiçada por todos os homens da cidade. Um dia, Júlia foi curtir uma night com as amigas e conheceu Mário. Mário tinha seus 20 e tantos anos, era arquiteto, solteiro e bem sucedido. Ao ver aquela bela mulher pedindo um drink no bar, Mário logo se interessou e iniciou uma conversa com segundas intenções.


Os dois se conheceram melhor, saíram duas semanas direto, quase todos os dias. Transaram loucamente, trocaram segredos e de repente...Mário sumiu por uma semana. Sem saber de novidades sobre seu possível "affair", Júlia ligou para saber o que tinha acontecido...ele deu uma desculpa e...nunca mais apareceu. Acho que você já deve conhecer essa história né? O que ninguém tinha contado para Júlia é que no Rio de Janeiro não há amor (sim, quase isso).

Muitas amigas me perguntam se o problema é com elas e eu respondo que não...a verdade é que a cidade enlouqueceu. O cupido e a intensidade de antigamente nos relacionamentos voaram alto e se perderam em algum lugar do passado. Há milhares de mulheres na mesma situação..Elas são independentes, trabalham, pagam suas contas e são solitárias..porque existem tantas mulheres solteiras incríveis e nenhum homem solteiro incrível?

A verdade é que os jogos de sedução estão vencendo a sinceridade e os bons costumes e a moda agora é forjar seus sentimentos para conseguir o que quer! Está afim de conquistar aquele carinha incrível? Cale a boca, finja que não está nem aí e dance conforme a música! Bullshit!

Quer brincar? Bom... eu não quero... eu não jogo esse jogo.

Um beijo de uma mulher incrível.

sábado, 5 de março de 2011

Todo Carnaval tem seu recomeço


Tudo mudou de lugar. Os seu móveis não estão mais naquela posição, aquela roupa ficou cafona, seu cabelo ganhou um corte novo, o cheiro do café não é mais o mesmo e quem te dava Bom dia ontem, não te dá Bom dia hoje. Pessoas ganharam espaço na sua vida, assim como outras sumiram no espaço. Você querendo ou não, elas mudam, perdem identidade e você acaba percebendo naquela "blusinha" velha guardada no armário, o valor que ela jamais tinha antes.


A flor amarela não é mais rosa, clara e boba. Ela ganhou espinhos, amadureceu, virou uma cor mais viva, ganhou mais valor. A mocinha da novela ingênua ganhou um ar de vilã, seu mundo não é mais o mesmo. Alguns sonhos foram destruídos e outros, renovados. Agora tem brilho, saíram da mesmice.

A cachaça virou champanhe e o arroz com feijão virou caviar. A colombina doce e infantil não quer reciclar aquele Arlequim...ela quer seu novo Pierrô para recomeçar mais um Carnaval.


Todo Carnaval tem seu recomeço. Curta o seu e não se importe se ele mudar a cada ano. A vida é essa. Corra e abrace ela com paixão.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ele


Artista que só ele, cria uma imagem em mim confusa, intrigante e até mesmo abstrata...não se consegue ver o concreto, mas ao fundo da tela é além de explicações normais e racionais. Toca em mim as palavras de um poeta, junto com a criatividade de um publicitário, formando uma frase inovadora e cheia de esperança para a alma carente. Um beijo inebriante de um leonino que chama atenção da mocinha sonhadora que viu uma luz no fim do túnel. Veio sem pedir licença e foi bem recebido mesmo com todas as cicatrizes que cruza com o passado da mocinha.

Existe algo ali..algo enrolado cheio de teias que enrola enrola e enrola...aonde será que vai parar?



Elisa Amaral

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Amélia


Amélia só queria acordar com a leve sensação de felicidade. Sentir a brisa em seu rosto e o cheiro das flores de Itaipava que conhecia..saber onde está pisando, se sentir segura. Ela achava que sentia...mas em meio a uma concha vazia, lá estava a voz de Amélia com um eco dela mesma, sem ter para quem falar entre suas lágrimas o quanto ela sabia que merecia tal solidão.

Amélia sentia amor, amor que nos jorra e queima..ela tinha um coração de vidro por fora e um suspiro a cada segundo por dentro, lembrando daquele único amor que ela deixou partir.


Amélia já sentiu a brisa em seu rosto e o cheiro das flores de Itaipava porque um dia ela já viveu isso. Amélia já foi uma rosa exuberante e vermelha, amada por todas as flores do jardim. Hoje, Amélia não se conhece. A rosa ficou seca e parece não ter valor para esse jardim tão imenso...

Amélia já não tem mais força...o tempo foi levando o que restava. Amélia não tem mais esperança...amiga amor amante amada..ex-amada, ex-amor. Amélia não é mais a Amélia. Os ventos e as nuvens inquietas a levaram para contar história.


Elisa Amaral



"Aqui está a minha dor - esse coral quebrado,

sobrevivendo ao seu patético momento.

Aqui está a minha herança - este mar solitário

que de um lado é amor e do outro.. esquecimento


(Cecília Meireles)